Coluna A Regra é Uma Só, por Antônio Cláudio Ventura
Guarulhos, SP, 13 de fevereiro de 2018
Até pode ser, desde que o árbitro tenha uma boa formação. E isso não representa dizer que sua intelectualidade deve ser grande ou forte. O que vai prevalecer é o seu interesse pela arbitragem, seu conhecimento sobre as Regras do Jogo, a legislação desportiva, os regulamentos das competições e, principalmente, saber da história do futebol e os Espíritos das Regras e Jogo.
É óbvio que muita gente nunca ouviu falar ou leu sobre o que citei acima. Mas, para o árbitro, ou para um “Bom Árbitro”, entender e fazer prevalecer o Espírito da Regra nas disputas da bola, é fundamental para que saia desapercebido no final da disputa.
Outro fator que faz a diferença nas suas atuações é, sem dúvida, a sua maneira de vida pessoal. Não basta apenas ter uma excelente condição física, uma boa capacidade visual. Isso ajuda, mas estar bem colocado e enxergar bem não é o suficiente para acertar na sua decisão final.
Se quer arbitrar, ou apitar, é preciso ter COMPROMISSO com aquilo em que está envolvido; é preciso HUMILDADE para entender o porquê da sua indicação; é preciso saber até onde vai a sua FLEXIBILIDADE, o que vai lhe dar o bom senso ideal dentro da disputa.
E, ainda, ter ÉTICA dentro e fora do campo, sabendo como se comportar com dirigentes, jogadores, torcedores, os demais árbitros escalados consigo e, manter um bom inter-relacionamento com os profissionais da imprensa.
Trocando em miúdos, o árbitro deve procurar sempre seu desenvolvimento como pessoa, pois durante o tempo em que estiver no exercício da sua autoridade, a sua personalidade estará sendo conhecida e questionada por todos os envolvidos na partida. Sim, apitar uma partida até pode ser fácil….desde que tenha competência para tanto!